IA na Cibersegurança: Como a CrowdStrike Superou um Grande Apagão e Reforçou sua Posição no Mercado
Em julho de 2024, a CrowdStrike, uma das líderes globais em cibersegurança, enfrentou um dos episódios mais graves de sua história. Uma atualização do software Falcon causou um apagão cibernético global, afetando milhões de dispositivos e operações em diversas instituições. No entanto, em um movimento surpreendente, a empresa não apenas se recuperou, mas também fortaleceu sua posição de mercado. Neste artigo, vamos explorar como a inteligência artificial (IA) foi fundamental para essa recuperação e como ela está moldando o futuro da cibersegurança.
O Apagão e suas Consequências
O apagão de julho de 2024 teve um impacto significativo, afetando 8,5 milhões de dispositivos Windows e interrompendo operações em empresas, hospitais e aeroportos. O evento foi tão severo que foi classificado como “o maior apagão de TI da história” pelo presidente do Comitê de Segurança Interna dos EUA. As ações da CrowdStrike caíram 30%, resultando em uma perda de US$ 30 bilhões em valor de mercado.
A Recuperação com IA
Apesar da crise, a CrowdStrike conseguiu reverter a situação em menos de oito meses. A empresa recuperou os US$ 30 bilhões perdidos em valor de mercado e superou sua avaliação pré-incidente. No trimestre encerrado em 4 de março de 2025, a CrowdStrike registrou US$ 4,24 bilhões em receita recorrente anual, um crescimento de 23% em relação ao ano anterior.
Investimentos em IA
- Reforço da plataforma de segurança baseada em IA
- Implementação de sistemas de defesa que aprendem continuamente
- Automatização de processos de segurança
O CEO George Kurtz destacou que a empresa transformou o desastre em uma “vantagem competitiva” através do reforço de sua plataforma de segurança baseada em IA.
IA na Defesa e no Ataque
O uso de IA na cibersegurança se tornou um tema central. Empresas usam IA para prever e bloquear ataques, enquanto criminosos também se aproveitam da tecnologia para automatizar invasões e aprimorar golpes. Jeferson Propheta, diretor da CrowdStrike no Brasil, e Marcos Ferreira, especialista técnico em cibersegurança da empresa, detalharam como a IA tem funcionado na prática para a empresa e seus clientes.
IA na Defesa
- Criação de sistemas de defesa que aprendem continuamente
- Treinamento de modelos de IA com dados específicos das empresas
- Identificação e resposta rápida a invasões
- Monitoramento de comportamento de funcionários para identificar anomalias
Empresas têm usado IA para criar sistemas de defesa que se reconfiguram dinamicamente, tornando os sistemas mais resilientes. Modelos de IA ajudam a identificar invasões em segundos, reduzindo drasticamente o tempo de resposta.
IA no Ataque
- Automatização de ataques cibernéticos
- Criação de phishings e sites falsos praticamente idênticos aos reais
- Inserção de vulnerabilidades em códigos de programação
- Manipulação de chatbots para revelar informações confidenciais
Criminosos têm usado IA para automatizar ataques e gerar códigos maliciosos. A automação faz com que os ataques cibernéticos sejam mais rápidos e eficientes do que nunca.
Desafios e Riscos
Embora a IA traga muitas vantagens, também apresenta desafios significativos. Um dos principais riscos é o vazamento de dados. Um atacante pode manipular um chatbot para revelar informações confidenciais ou inserir informações falsas na IA, alterando sua base de conhecimento.
Práticas de Segurança
- Adoção de IA com segurança desde o início
- Treinamento de equipes para entender os riscos associados à IA
- Monitoramento contínuo de sistemas e dados
- Implementação de medidas de segurança robustas
O avanço da IA exige que as empresas adotem novas práticas de segurança. Muitas organizações estão colocando IA em operação sem garantir que suas respostas sejam seguras, o que pode levar a vazamentos de informações, ataques automatizados e decisões erradas baseadas em dados comprometidos.
O Futuro da Cibersegurança com IA
O conceito de hackback, ou contra-atacar um invasor, é uma zona cinzenta no mundo da cibersegurança. A dificuldade é que muitos ataques vêm de infraestruturas de terceiros. Contudo, a IA pode ser usada para fortalecer a defesa, tornando os sistemas mais resilientes e capazes de identificar ataques em segundos.
IA para Detecção de Ameaças Internas
- Monitoramento de comportamento de funcionários
- Identificação de anomalias em acessos e transferências de dados
- Geração de alertas para atividades suspeitas
- Validação de suspeitas com suporte humano
A IA já está sendo usada para monitorar o comportamento de funcionários e identificar anomalias, mas ainda precisa do suporte humano para validar suspeitas e evitar falsos positivos.
Comentário do Milagre
Rafael Milagre: “Olha, se tem uma coisa que a CrowdStrike sabe fazer, é transformar limão em limonada. Quem diria que um apagão cibernético global se tornaria uma vantagem competitiva, né? Isso é tipo aquele episódio de Friends em que o Ross acha que perdeu o Marcel, mas no final das contas ele encontra o macaco e ganha um monte de pontos com a galera. Brincadeiras à parte, a IA realmente está revolucionando a cibersegurança, tanto para o bem quanto para o mal. Então, a dica é: mantenha seus sistemas atualizados e suas práticas de segurança em dia. E, claro, não esqueça de se inscrever na nossa formação Viver de IA para não ficar para trás!”
Conclusão
A CrowdStrike mostrou que é possível transformar uma crise em uma oportunidade através do uso estratégico de inteligência artificial. A IA está revolucionando a cibersegurança, oferecendo novas ferramentas tanto para a defesa quanto para o ataque. No entanto, a adoção dessa tecnologia exige práticas de segurança robustas e conscientização dos riscos envolvidos.
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Especialista em Inteligência Artificial.
Mentor do G4 Educação, Professor de IA da ESPM e Diretor na Nalk
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