Anthropic e o Impacto das Raspagens na Web: O Que Está Por Trás dos Números?
Se você acompanha as novidades no mundo da inteligência artificial, já deve ter ouvido falar da Anthropic, uma startup fundada por ex-funcionários da OpenAI. Recentemente, a empresa tem sido destaque por liderar o ranking de uso intensivo da web, realizando impressionantes 26.500 raspagens para cada tráfego de referência gerado. Mas o que isso realmente significa? E quais são as implicações éticas e econômicas dessa prática? Vamos explorar essas questões em detalhes.
O Surgimento da Anthropic
Fundada em 2021 por ex-funcionários da OpenAI, a Anthropic rapidamente se posicionou como uma das concorrentes mais relevantes no campo da inteligência artificial. Seus modelos Claude competem diretamente com o famoso ChatGPT da OpenAI. No entanto, a empresa tem se destacado por outro motivo: seu uso intensivo de raspagens na web.
O Que São Raspagens na Web?
Raspagem, ou “web scraping”, é o processo de extrair dados de sites de forma automatizada. Embora essa prática seja comum e legal em muitos contextos, o volume de raspagens realizadas pela Anthropic é surpreendente e levanta algumas questões éticas.
Os Números Impressionantes
De acordo com uma análise recente da Cloudflare, a Anthropic realiza 26.500 solicitações de rastreamento para cada tráfego de referência enviado aos sites. Para se ter uma ideia, a OpenAI faz 739, a Perplexity 143, a Microsoft 36 e o Google apenas 5. Esses números mostram a disparidade na atividade de raspagem da Anthropic em comparação com outras gigantes da tecnologia.
Impacto Econômico e Ético
Essa prática levanta uma série de questões éticas, especialmente quando se considera o impacto financeiro para os proprietários de sites. Sites que são alvo dessas raspagens intensivas acabam enfrentando custos elevados de tráfego, sem receber um retorno proporcional em termos de visitantes. Em alguns casos, os custos de computação em nuvem para manter o site no ar dobram, impactando diretamente o orçamento dos desenvolvedores e empresas.
A Resposta da Cloudflare
Para enfrentar esse problema, a Cloudflare lançou o marketplace “Pay per Crawl” em julho. Esse marketplace permite que editores tenham maior controle sobre o acesso de bots aos seus conteúdos, possibilitando a cobrança por esse acesso. Essa medida visa equilibrar a relação entre os criadores de conteúdo e as empresas de IA que utilizam seus dados.
Resposta das Empresas
Em resposta às críticas, a Anthropic afirmou que os dados apresentados pela Cloudflare podem ter problemas metodológicos. A empresa destacou uma nova funcionalidade de busca implementada em seu chatbot Claude, que estaria gerando mais tráfego de referência para os sites. Já a OpenAI não respondeu aos pedidos de comentário, enquanto a Perplexity defendeu a importância do acesso livre ao conhecimento na web.
Considerações Finais
A prática de raspagem de dados na web é uma faca de dois gumes. Por um lado, permite que empresas de IA desenvolvam modelos mais avançados e precisos. Por outro, impõe custos significativos aos criadores de conteúdo, levantando questões éticas e econômicas que precisam ser abordadas. O lançamento de soluções como o “Pay per Crawl” da Cloudflare é um passo na direção certa, mas ainda há muito a ser feito para equilibrar essa relação.
Comentário do Milagre
Olha, eu sempre digo que a tecnologia é como um superpoder: “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”, né? A Anthropic tá parecendo aqueles alunos que copiam toda a lição de casa, mas nunca ajudam na hora de revisar. Eita, que treta! No final do dia, é essencial encontrar um equilíbrio para que todos possam aproveitar os benefícios da IA sem sair no prejuízo.
Conclusão
A liderança da Anthropic no ranking de uso intensivo da web através de raspagens levanta importantes questões éticas e econômicas. Embora a prática de raspagem de dados seja essencial para o avanço da inteligência artificial, é crucial encontrar um equilíbrio que não prejudique os criadores de conteúdo. Soluções como o “Pay per Crawl” são um passo na direção certa, mas o debate sobre o impacto dessas práticas está longe de terminar.
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Especialista em Inteligência Artificial.
Mentor do G4 Educação, Professor de IA da ESPM e Diretor na Nalk
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