A Complexidade da Arte Criada com Inteligência Artificial: Análise de Giselle Beiguelman
No universo em constante evolução das tecnologias digitais, um debate fervoroso surgiu recentemente: a validade e autenticidade da arte criada com inteligência artificial (IA). A professora Giselle Beiguelman, renomada especialista em arte e tecnologia, trouxe à tona questões éticas cruciais em sua coluna na Rádio USP. Neste post, vamos explorar as principais reflexões de Beiguelman sobre o tema e entender as nuances entre apropriação artística e produção crítica utilizando tecnologias modernas.
O Debate Sobre a Arte e a Inteligência Artificial
Giselle Beiguelman critica veementemente os debates conservadores que desqualificam a arte criada com inteligência artificial. Ela argumenta que esses debates frequentemente ignoram as complexas interações entre arte e tecnologia, e tendem a reduzir a criação artística com IA a simples imitações ou apropriações de obras alheias.
- Beiguelman destaca a importância de diferenciar febres virais na internet da produção artística significativa.
- Ela defende que toda arte envolve alguma forma de tecnologia e que a IA pode ser um campo crítico e produtivo para novas estéticas.
- É crucial abordar questões éticas relacionadas ao uso da IA, como a transparência dos datasets, regimes de trabalho, impacto ambiental e viéses inerentes aos modelos de IA.
O Papel das Tecnologias Modernas na Produção Artística
Segundo Beiguelman, a tecnologia não é apenas um meio para a arte, mas também uma área de produção crítica. Ela sublinha que a IA e outras tecnologias modernas oferecem novas possibilidades e desafios para os artistas contemporâneos.
Apropriação Artística vs. Produção Crítica
Para Beiguelman, é essencial diferenciar entre apropriação artística e produção crítica. A apropriação artística refere-se ao uso de elementos existentes em novos contextos para criar algo novo. Por outro lado, a produção crítica envolve o uso da tecnologia como um meio para questionar, desafiar e expandir os limites da arte.
Questões Éticas no Uso da IA na Arte
A adoção da IA na criação artística levanta várias questões éticas que precisam ser abordadas. Beiguelman enfatiza que os debates sobre IA devem ser conduzidos à luz das tensões do século 21, não com base em um imaginário ultrapassado do século 19.
- Transparência dos Datasets: A abertura dos conjuntos de dados que alimentam os modelos de IA é fundamental para garantir a ética e a integridade das criações artísticas.
- Regimes de Trabalho: É necessário considerar as condições de trabalho e exploração envolvidas no desenvolvimento de modelos de IA.
- Impacto Ambiental: O processamento intensivo de dados pela IA tem um impacto ambiental significativo que não pode ser ignorado.
- Viéses Inerentes: Os modelos de IA frequentemente reproduzem e amplificam vieses racistas, misóginos e etaristas presentes nos dados de treinamento.
Comentário do Milagre
Rafael Milagre: Ah, essa discussão sobre arte e IA é como um bom filme de ficção científica: cheio de reviravoltas! A Giselle Beiguelman está certíssima ao trazer à tona essas questões éticas. Afinal, não queremos que a IA se transforme no “Robô Monet” que rouba a cena, certo? A produção crítica com IA pode ser um terreno fértil para novas estéticas, mas precisamos garantir que esse campo de jogo seja justo e transparente. É como dizem: com grandes poderes vêm grandes responsabilidades… até mesmo para algoritmos!
O Futuro da Arte com Inteligência Artificial
A visão de Beiguelman aponta para um futuro onde a arte e a tecnologia se entrelaçam de maneiras cada vez mais complexas e inovadoras. Ela acredita que a IA pode ser uma ferramenta poderosa para a criação artística, desde que utilizada de maneira ética e crítica.
Explorando Novas Estéticas
Beiguelman encoraja os artistas a explorar as possibilidades oferecidas pela IA, utilizando-a como um meio para desafiar e expandir os limites da arte tradicional. A produção crítica com IA pode levar a novas formas de expressão que ainda não foram imaginadas.
Responsabilidade dos Artistas e Desenvolvedores
Os artistas e desenvolvedores de IA têm a responsabilidade de garantir que suas criações sejam éticas e transparentes. Isso inclui a consideração das condições de trabalho, impacto ambiental e viéses nos modelos de IA.
Conclusão
O debate sobre a arte criada com inteligência artificial é complexo e multifacetado. Giselle Beiguelman nos lembra da importância de abordar essas questões com uma perspectiva crítica e ética, reconhecendo as novas possibilidades e desafios que a tecnologia traz para o mundo da arte.
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Especialista em Inteligência Artificial.
Mentor do G4 Educação, Professor de IA da ESPM e Diretor na Nalk
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