Falsa Automação: Como a Builder.ai Enganou Investidores e Colocou em Xeque a Confiança nas Startups de Tecnologia
Recentemente, a startup Builder.ai se viu no centro de um escândalo monumental, enganando investidores ao vender uma falsa automação e utilizando 700 engenheiros para desenvolver software manualmente. Com US$ 445 milhões em investimentos comprometidos, a empresa agora enfrenta insolvência e uma investigação nos Estados Unidos. Neste artigo, vamos detalhar o esquema de falsa automação, identificar fraudes financeiras e discutir as implicações desse caso para o futuro das startups de tecnologia.
O Esquema de Falsa Automação
A Builder.ai, fundada em 2015, prometia uma plataforma “no-code” com uma assistente virtual chamada Natasha, que supostamente montava aplicativos como peças de Lego. No entanto, a realidade era bem diferente. Em vez de automação, a empresa contava com uma equipe de 700 engenheiros na Índia para escrever código manualmente, escondendo essa operação sob a fachada de automação.
- 700 Engenheiros: A equipe foi responsável por desenvolver manualmente o software, contrariando as promessas de automação.
- Assistente Virtual Natasha: Vendida como uma solução inovadora, Natasha não passava de uma fachada para o trabalho manual realizado pelos engenheiros.
Fraudes Financeiras e Investigação
Além da falsa automação, a Builder.ai também se envolveu em um esquema contábil conhecido como “round-tripping” com a startup indiana VerSe Innovation. Esse esquema permitiu à Builder.ai inflar suas receitas em até 300%, enganando investidores e credores.
Detalhes das Fraudes
- Round-Tripping: A prática de trocar faturas de valores similares com outra empresa para inflar receitas.
- Superestimativa de Vendas: A empresa exagerou suas vendas em até 300%, enganando investidores e credores.
- Congelamento de Ativos: A credora Viola Credit congelou US$ 37 milhões da Builder.ai após a empresa não honrar suas dívidas.
Impacto no Mercado de Startups
O caso da Builder.ai não é isolado. Em 2024, a Amazon anunciou o fim gradual do sistema “Just Walk Out”, que eliminava caixas em lojas de conveniência usando sensores e câmeras, mas que na prática dependia de mais de 1.000 funcionários na Índia para revisar vídeos e corrigir erros no processo de compra.
Outros Casos Semelhantes
- Amazon: O sistema “Just Walk Out” foi substituído por carrinhos com scanner e caixas de autoatendimento após a revelação de que não era totalmente automatizado.
- Tendência: Projetos que vendem automação total, mas dependem de trabalho manual remoto, têm limitações operacionais, financeiras e de escala.
Comentário do Milagre
Rafael Milagre, especialista em IA, comenta:
“Gente, parece até roteiro de filme, né? A galera da Builder.ai vendeu um sonho de automação enquanto tinha um exército de engenheiros suando a camisa na Índia. E olha, não é só essa empresa que faz isso, viu? A Amazon também estava lá com seu ‘Just Walk Out’ que, na real, tinha mais gente revisando vídeo do que IA funcionando. Moral da história: nem tudo que reluz é ouro! Fiquem atentos aos detalhes e lembrem-se que, no fim das contas, a transparência é a melhor política. E, claro, se quiserem aprender mais sobre como viver de verdade com IA, dêem uma olhada no nosso curso Viver de IA.”
Conclusão
O escândalo da Builder.ai levanta questões sérias sobre a confiança nas startups de tecnologia e a transparência nas práticas empresariais. A falsa automação e as fraudes financeiras não só prejudicaram os investidores, mas também abalaram a credibilidade do mercado como um todo. Para evitar armadilhas semelhantes no futuro, é crucial que investidores e consumidores exijam maior transparência e verificação das empresas de tecnologia.
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Especialista em Inteligência Artificial.
Mentor do G4 Educação, Professor de IA da ESPM e Diretor na Nalk
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